manchas de tinta em dias ensolarados
Dizer que ele correu para o seu carro estaria incorreto, já que ele é um Lan, e correr é algo indigno e desnecessário a menos que haja perigo iminente. Ele também não joga a chave na ignição, nem desvia agressivamente dos carros na rodovia, nem tem um leve ataque de pânico pelo fato de estar pegando A-Yuan atrasado na escola pela primeira vez na vida.
Ele chega perto, no entanto.
Quando chega, são 16h35, e ele imaginou cerca de cinquenta cenários piores. A porta está parcialmente aberta quando ele chega, um rótulo bagunçado de 104B — Sala de Arte rabiscado com giz em uma placa ao lado da madeira desbotada. Ao abri-la completamente, ele espera ver uma criança chorando e aterrorizada, ou talvez uma cena de completa miséria e traição.
O que ele encontra é seu filho, com as mãos cobertas de tinta, sendo cantado para por um belo estranho de cabelos escuros.
“Patos vivem no lago, patos amarelos, patos felizes!”
Lan Wangji para em seus rastros. (Ou: Apaixonando-se pela professora de arte do seu filho, em cinco partes)